Estephany Cristine da Silva Alves

Muitas vezes fiquei com os dedos coçando, a vontade de fazer algo pulsando, meus pensamentos trabalhando, meus músculos se preparando. Algo parecia me travar, me fazia ficar hesitante e estagnar.
Essa vontade de fazer algo de que eu pudesse me lembrar, olhar para trás e me orgulhar, nunca desapareceu, ao contrário, ela só cresceu.
Algumas emoções em poemas consegui libertar, alguns sonhos se realizaram quando decidi me aventurar, me desprender da vergonha, das opiniões alheias, só deixar rolar.
Senti alegria ao deixar de imaginar e finalmente fazer. Meu sonho era conseguir liberdade para minhas ideias, meus sonhos, me ver crescer.
Tinha medo de falar em público, começar a gaguejar, me sentir ser engolida pelo mundo, não ser boa o suficiente e fracassar. Naquele ano decidi provar que esse sentimento era infundado, me destaquei no ensino me falarei com o convite para escrever um discurso e tratei de aceitá-lo.
Fiz rascunhos na mente, no papel e em uma tela, escrevi palavras que se tornaram frases objetivas e belas. O dia de falar chegou e uma parte de mim teimava em me contrariar, tinha um papel com um discurso, não iria me autossabotar.
Em um palco com o microfone na mão, as palavras foram saindo e aumentando as batidas do meu coração. Com um punhado de coragem e de esforço consegui meu medo enfrentar, no fim tinha a certeza de que aquele sentimento não iria mais me limitar.
Fiz o que duvidei que pudesse fazer, provei a mim mesma mais do que eu poderia sonhar. Fui à luta, venci uma limitação e as outras que ainda tenho não perdem por esperar.